Um ataque com drones do exército de Israel atingiu, nesta sexta-feira (2), a Flotilha da Liberdade, uma embarcação humanitária que levava alimentos, água potável e remédios ao povo palestino na Faixa de Gaza. A ação militar ocorreu em águas internacionais, nas proximidades da ilha de Malta, e deixou o barco em situação crítica, com risco iminente de naufrágio.
A Flotilha é integrada pelo brasileiro Thiago Ávila, conhecido por sua atuação em ações de solidariedade internacional. O grupo seguia em missão pacífica, com o objetivo de romper o cerco imposto por Israel e entregar ajuda humanitária aos civis em Gaza.
"Flotilha da Liberdade liderada pelo brasileiro Thiago Ávila, 30 ativistas humanitários a bordo em águas internacionais, levando comida, água, remédios para Gaza, atingida por drones de Israel, o barco está naufragando, próximo a Malta."
Publicado em: 02 de maio de 2025 | Atualizado em: 02 de maio de 2025
Desde março de 2025, Israel impôs um bloqueio total à entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, deixando mais de 2 milhões de palestinos sem acesso a suprimentos essenciais como alimentos, água potável e medicamentos. O bloqueio, que já dura mais de dois meses, tem causado uma deterioração rápida das condições de vida no território palestino.
Segundo relatórios da ONU, a desnutrição avança rapidamente entre a população, especialmente entre crianças e idosos. Os hospitais funcionam em condições precárias, com falta de equipamentos médicos, medicamentos e energia elétrica.
A situação já é classificada por diversas organizações de direitos humanos como "catastrófica" e "sem precedentes" na história recente.
Afetadas pelo bloqueio total em Gaza, sem acesso a suprimentos básicos.
Gaza está sob bloqueio total desde o início de março de 2025.
Danificada ou destruída, incluindo hospitais, escolas e instalações de água.
Metade da população do território enfrenta níveis catastróficos de insegurança alimentar
A vida cotidiana em Gaza tornou-se uma luta pela sobrevivência. Famílias inteiras estão sendo forçadas a racionar água e alimentos, enquanto buscam abrigo em estruturas danificadas ou improvisadas.
De acordo com relatórios recentes, o preço dos alimentos disponíveis no mercado negro aumentou mais de 500%, tornando-os inacessíveis para a maioria da população. A escassez de combustível também impede o funcionamento de geradores em hospitais e centros de tratamento de água.
"Bombas e desalojamento, preços exorbitantes, carência de alimentos e combustível. Ocupadores geram fome não só sustando fornecimentos, mas impedindo ativamente que a ajuda chegue à população."
— Relatório da Deutsche Welle, maio de 2025
Atualmente, 146 dos 193 países membros da ONU reconhecem oficialmente o Estado da Palestina, representando cerca de 75% das nações do mundo. Esse reconhecimento é um passo importante para os direitos do povo palestino e sua autodeterminação.
Em maio de 2024, a Assembleia Geral da ONU concedeu novos direitos e privilégios à Palestina, aproximando-a ainda mais do status de membro pleno da organização. Na mesma época, países como Espanha, Noruega e Irlanda anunciaram oficialmente o reconhecimento do Estado palestino.
19 países, incluindo Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Colômbia, Cuba e Venezuela. O único país latino-americano que não reconhece o Estado palestino é o Panamá.
Vários países europeus, incluindo Suécia, Islândia, República Tcheca, Polônia, Eslováquia, Hungria, Romênia, Bulgária, além dos recentes Espanha, Irlanda e Noruega.
A grande maioria dos países africanos e asiáticos reconhecem o Estado Palestino, incluindo potências regionais como China, Índia, Rússia e África do Sul.
"Especialistas de direitos humanos da ONU instaram todos os países a seguir o exemplo de 146 nações e reconhecer o Estado da Palestina. Eles destacam a importância dessa medida para os direitos do povo palestino e apelam por apoio ao cessar-fogo imediato em Gaza."
O reconhecimento internacional do Estado da Palestina é uma afirmação do direito do povo palestino à autodeterminação e soberania. Além de seu valor simbólico, o reconhecimento facilita a participação palestina em fóruns internacionais, o acesso a mecanismos de proteção internacional e fortalece sua posição em negociações diplomáticas.
Em abril de 2024, a Palestina buscou tornar-se um Estado-membro pleno das Nações Unidas. Embora enfrente resistência no Conselho de Segurança (onde os EUA possuem poder de veto), a Assembleia Geral tem consistentemente apoiado o aumento do status palestino na organização.
No dia 10 de maio de 2024, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução que concede à Palestina "direitos e privilégios adicionais", além de pedir que o Conselho de Segurança reavalie o pedido para os palestinos se tornarem membros plenos das Nações Unidas.
Relatórios da ONU têm documentado extensas violações de direitos humanos em Gaza. Em novembro de 2024, um comitê especial da ONU concluiu que as táticas de guerra empregadas por Israel na Faixa de Gaza apresentam "características de genocídio".
O relatório mencionou especificamente o uso da fome como arma de guerra e o disparo de mais de 25 mil toneladas de explosivos em áreas densamente povoadas.
"Ao apresentar relatório sobre ações militares de Israel e militantes do movimento Hamas, alto comissário de Direitos Humanos da ONU enfatizou que violações de direitos humanos em Gaza não podem ficar impunes."
Em março de 2025, autoridades da ONU acusaram Israel de "atos genocidas" em Gaza. A relatora especial da ONU para os territórios palestinos ocupados, Francesca Albanese, apresentou um relatório ao Conselho de Direitos Humanos destacando "motivos razoáveis" para apontar a ocorrência de genocídio no enclave.
Em abril de 2025, a mesma relatora afirmou que "Israel comete genocídio diante dos olhos do mundo", pedindo ações concretas da comunidade internacional.
Além disso, em março de 2025, uma comissão da ONU concluiu que a destruição em Gaza "foi uma medida direcionada a impedir os nascimentos de palestinos em Gaza, o que é um ato genocida".
Em janeiro de 2024, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) ordenou que Israel tomasse medidas para prevenir atos de genocídio em Gaza. Em abril de 2025, a mesma corte iniciou julgamento contra Israel por bloqueio de ajuda humanitária no território palestino.
A análise do caso começou mais de 50 dias após Israel impor um bloqueio total à entrada de ajuda humanitária aos palestinos na Faixa de Gaza, uma ação que especialistas classificam como uma grave violação do direito internacional humanitário.
Em setembro de 2024, a ONU apresentou uma resolução pedindo a Israel o fim da presença ilegal nos territórios palestinos. Este foi o primeiro projeto formalmente apresentado pela Autoridade Palestina desde que obteve direitos e privilégios adicionais na organização.
O governo de Israel aprovou um plano para a ocupação total da Faixa de Gaza por tempo indeterminado, prevendo o deslocamento de toda a população para o sul do enclave.
O plano foi aprovado pelo gabinete de segurança israelense em uma reunião realizada na segunda-feira (5).
O território está sob bloqueio total desde o dia 2 de março, quando Israel cortou completamente o fornecimento aos mais de 2 milhões de moradores do enclave.
Organizações humanitárias alertam para a deterioração rápida das condições de vida.
A análise do caso começa mais de 50 dias após Israel impor um bloqueio total à entrada de ajuda humanitária aos palestinos na Faixa de Gaza.
Especialistas classificam o bloqueio como uma grave violação do direito internacional humanitário.
Gaza enfrenta níveis alarmantes de desnutrição, especialmente entre crianças, com a situação se deteriorando rapidamente após mais de 60 dias de bloqueio total. Organizações internacionais alertam para o risco de morte em massa se a ajuda humanitária não for permitida imediatamente.
Bombas e desalojamento, preços exorbitantes, carência de alimentos e combustível. Ocupadores geram fome não só sustando fornecimentos, mas impedindo ativamente que a ajuda chegue à população.
Um ataque com drones do exército de Israel atingiu a embarcação humanitária que levava suprimentos essenciais ao povo palestino. A ação militar ocorreu em águas internacionais, nas proximidades da ilha de Malta, por volta de 00h23, e deixou o barco em situação crítica.
O direito internacional humanitário, incluindo as Convenções de Genebra, proíbe o bloqueio de recursos essenciais à sobrevivência civil durante conflitos. As Nações Unidas têm reiteradamente afirmado o direito do povo palestino à autodeterminação.
Em setembro de 2024, a Corte Internacional de Justiça emitiu uma opinião consultiva sobre as políticas e práticas de Israel no território palestino ocupado, considerando-as ilegais segundo o direito internacional.
Além das questões políticas e territoriais, o apoio à Palestina é fundamentalmente uma questão de direitos humanos e dignidade. Pessoas de todas as etnias e religiões merecem viver livres do medo, da violência, e com acesso a necessidades básicas como alimentos, água, saúde e educação.
Com 146 dos 193 países da ONU reconhecendo o Estado Palestino (75% das nações do mundo), há um consenso global significativo sobre a legitimidade das aspirações palestinas à soberania nacional.
Em maio de 2024, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução concedendo à Palestina "direitos e privilégios adicionais" com o apoio de 143 países, demonstrando o amplo suporte internacional à causa palestina.
A população civil de Gaza enfrenta uma das piores crises humanitárias do mundo moderno, com mais de 2 milhões de pessoas vivendo sob bloqueio total, sem acesso adequado a alimentos, água, medicamentos e energia. As crianças, que compõem quase metade da população, são particularmente vulneráveis.